Espaço de Maria

No dia 7 de Outubro de 2023, o mundo foi abalado por um ataque brutal e inesperado em Israel, perpetrado pelo grupo terrorista Hamas, com o apoio de outras facções extremistas. O que começou como uma manhã pacífica de Shabbat, transformou-se rapidamente num pesadelo de horror e destruição. Milhares de rockets foram disparados contra cidades israelitas, enquanto terroristas armados invadiam as ruas, matando indiscriminadamente homens, mulheres e crianças, raptando civis e militares, e destruindo lares.

Este ataque bárbaro não foi um incidente isolado, mas parte de uma longa história de conflito entre Israel e aqueles que se recusam a aceitar a sua existência como um estado judaico. Para entender os eventos de 7 de Outubro, é fundamental olharmos para o contexto histórico e a realidade da situação no Médio Oriente.

Um Breve Contexto Histórico

A fundação do Estado de Israel, em 1948, marcou o início de uma nova era para o povo judeu, após séculos de perseguição e o Holocausto. No entanto, desde o seu nascimento, Israel tem sido alvo de constantes ataques de grupos e países que se opõem à sua existência. O conflito entre israelitas e palestinianos, muitas vezes mal compreendido ou distorcido, é um dos resultados desse ódio.

A frase “From the River to the Sea” tem sido usada por grupos que defendem a destruição de Israel, referindo-se à área entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Esta expressão traduz uma visão perigosa e extremista, que procura apagar o Estado de Israel do mapa, negando o direito do povo judeu à autodeterminação na sua pátria histórica.

O Ataque de 7 de Outubro

O ataque de 7 de Outubro de 2023 não foi uma ação militar legítima, mas um ato de terrorismo em larga escala, com o objetivo de semear o caos e destruir vidas inocentes. Civis foram alvo direto, com imagens de famílias massacradas, crianças raptadas, e comunidades inteiras devastadas. Israel, como qualquer nação soberana, tem o direito e o dever de se defender contra estas agressões.

Infelizmente, a narrativa internacional muitas vezes ignora ou minimiza os sofrimentos de Israel, focando-se desproporcionalmente nas suas respostas militares. É essencial lembrar que Israel não procura a guerra, mas é forçado a travá-la para proteger a sua população e garantir a sua sobrevivência.

A Realidade da Guerra em Múltiplas Frentes

O conflito não se limita apenas à Faixa de Gaza, onde o Hamas tem o seu quartel-general, mas estende-se a várias frentes, incluindo o norte, onde o Hezbollah, outro grupo terrorista apoiado pelo Irão, representa uma ameaça constante. Israel está cercado por inimigos que não reconhecem o seu direito de existir e que utilizam civis como escudos humanos, complicando ainda mais a situação.

Ao contrário do que muitas vezes é retratado, a realidade no terreno é que Israel faz enormes esforços para minimizar as baixas civis, algo que os seus adversários frequentemente ignoram ao instalar bases militares em áreas densamente povoadas e ao usar a sua própria população como refém.

O Direito de Israel à Autodefesa

A defesa de Israel não é apenas uma questão de sobrevivência física, mas também de proteger os valores democráticos e humanos que o país representa. Israel é uma nação diversa, com judeus, árabes e pessoas de várias religiões e etnias a viverem em relativa paz. O seu direito de existir, de se defender e de garantir a segurança dos seus cidadãos é inegável.

Os ataques contínuos contra Israel, como os de 7 de Outubro, são um lembrete doloroso de que, mesmo após décadas de luta, o sonho de viver em paz ainda está longe de ser realizado. No entanto, Israel continua a resistir, com a sua resiliência e determinação, defendendo a sua terra e o seu povo.

A Verdade à Luz da História

É crucial que a verdade histórica seja preservada e divulgada. Israel não é um ocupante colonial, como muitos insistem em afirmar. Os judeus têm uma ligação histórica ininterrupta com a Terra de Israel que remonta a mais de três milénios. O povo judeu não apenas sobreviveu à diáspora, mas também voltou à sua terra ancestral, onde estabeleceu um estado democrático e próspero.

A paz só será alcançada quando os seus vizinhos aceitarem o direito de Israel existir como uma nação judaica e soberana. Enquanto isso não acontecer, Israel será forçado a lutar pela sua sobrevivência.

Os acontecimentos de 7 de Outubro de 2023 recordam-nos da brutalidade com que Israel é confrontado e da importância de se defender contra o terrorismo. A história e a verdade estão do lado de Israel, e é vital que o mundo não ignore esta realidade. A paz é o objetivo final, mas nunca à custa da existência de Israel. A luta de Israel é uma luta pela vida, pela justiça e pela verdade. Que um dia o ódio seja vencido pela esperança de um futuro melhor, mas até lá, Israel deve e vai continuar a lutar.

Referências Bibliográficas:

“The Origins of the Arab-Israeli Conflict 1880-1948”, de Shlaim Avi.

“A History of Israel: From the Rise of Zionism to Our Time”, de Howard M. Sachar.

“Israel-Hamas Conflict: Timeline of the October 7 Attacks”, da BBC News