A minha visita às Termas Romanas do Alto da Cividade, em Braga

Na minha passagem por Braga, não podia deixar de visitar as Termas Romanas do Alto da Cividade, um dos sítios arqueológicos mais fascinantes da antiga Bracara Augusta. Situadas numa colina, estas são as únicas termas públicas romanas conhecidas na cidade e estão classificadas como Monumento Nacional desde 1986.

Os vestígios foram descobertos em 1977, quando se iniciaram as primeiras escavações arqueológicas. Logo se percebeu a importância do achado: um grande edifício termal, provavelmente construído no século II, que incluía várias salas de banhos (frios, mornos e quentes) e uma palestra, o espaço destinado ao exercício físico. Em 1999, ao definir-se o limite do complexo, surgiu ainda a surpresa de um teatro anexo, algo que só existia em cidades romanas de maior destaque, o que confirma a relevância de Bracara Augusta.

Ao caminhar pelo espaço museológico, é fácil imaginar como seria a vida dos habitantes da cidade há quase dois mil anos. As termas eram locais de higiene, mas também de convívio social, negócios e lazer, funcionando como um verdadeiro centro comunitário.

Estar ali, no coração de Braga, e ver de perto as estruturas que já no tempo dos romanos eram sinónimo de bem-estar e vida em comunidade, é uma experiência única. As Termas do Alto da Cividade não são apenas ruínas antigas: são uma janela aberta para a vida quotidiana de Bracara Augusta, a capital da província da Gallaecia, que floresceu entre o século I a.C. e o século III d.C.

Para quem gosta de história e arqueologia, esta visita é imperdível. Não se trata apenas de conhecer pedras antigas, mas de sentir o pulsar de uma cidade romana que ajudou a construir a identidade de Braga e de Portugal.

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