Para Que Não Se Apague da Memória

No passado dia 6 de novembro, tive o privilégio de estar presente no Museu Judaico do Porto para o lançamento do livro “O Dia que Mudou Israel”, o novo livro de Helena Ferro de Gouveia. Com uma carreira que transcende fronteiras, Helena é uma jornalista e comentadora de política internacional, nomeadamente na CNN Portugal, conhecida pelo seu trabalho profundo e comprometido.

Licenciada em Comunicação Social, pós-graduada em Direito da Comunicação e mestre em Liderança, Helena trabalhou em mais de cinquenta países e quatro continentes, onde se dedicou a projetos de comunicação em comunidades vulneráveis e em regiões de conflito.

Ao longo de vinte anos na Alemanha, onde atuou como gestora de projetos internacionais de cooperação e desenvolvimento, Helena foi mais do que uma jornalista — foi uma ponte entre mundos. Esteve envolvida na criação de redes de rádio em regiões remotas, como a Rede Notícias da Amazónia no Brasil e redes de rádios indígenas na Bolívia, e partilhou o seu conhecimento em jornalismo em lugares como Moçambique, Guiné-Bissau e o campo de refugiados de Kakuma, no Quénia.

Ao falar sobre o Holocausto e a herança histórica judaica, Helena tornou-se ainda mais consciente da perseguição e dos sofrimentos infligidos a este povo, uma consciência reforçada pela sua experiência pessoal na Alemanha.

O lançamento do seu livro foi um momento emotivo, marcado pelas palavras da própria Helena e de Francisco Cudell.

Ali, senti o peso da promessa que ela carrega: a de não deixar que a memória dos horrores se apague, de manter viva a verdade sobre o massacre de 7 de outubro de 2023 em Israel. “O Dia que Mudou Israel” não é apenas uma obra jornalística; é um ato de resistência contra o esquecimento, um testemunho corajoso dos que viveram o que até então se pensava impossível.

As palavras da Helena tocaram todos os presentes, trazendo-nos uma sensação de responsabilidade partilhada. Este livro é o eco da dor e da resiliência de um povo que ela se comprometeu a honrar, e a sua voz incansável deixa-nos uma mensagem clara: a história precisa de ser lembrada para que a justiça e a verdade possam perdurar. Helena Ferro de Gouveia escreveu para que não se apague da memória — e eu saí daquela sala com a certeza de que não esqueceremos.

Obrigada Helena.

2 respostas para “Para Que Não Se Apague da Memória”.

  1. Muito bom amiga .👌🏻

    Todos temos o dever de passar esta mensagem adiante!🇮🇱💙🤍

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